quinta-feira, 20 de novembro de 2008

"Mil acasos me levam a perder

O senso, o ritmo habitual

Mil acasos me levam a você

No início, no meio ou no final

Me levam a você

De um jeito desigual."

É pra você.

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Entre Sapatos e Homens


Antes de começar a leitura, lembre-se de este é um texto, digamos assim: de duplo sentido, pra quem ainda não captou a vibe. Você escolhe o que quer mentalizar, o que te faz ter menos pensamentos negativos: um par de sapatos ou um ser do sexo masculino.

Eu AMO sapatos, sério. Juro que pensei que nunca me enjoaria de vê-los, tão envernizados e reluzentes ou mergulhados no paetê prontos pra calçar os pés de alguma socialite milionária. Carmim's e Colcci's me implorando para serem contabilizados. Aaaaa, que beleza! E entre uma numeração errada e outra, naqueles momentos de completa ignorância do ser humano em que não se tem nada de construtivo pra pensar, constatei que homens são mais parecidos com sapatos do que nós imaginávamos.
Eu sou aquele tipo de consumidora que só vai em uma loja de sapatos quando realmente quer comprar um sapato, e não daquele tipinho deplorável que faz a coitada da vendedora revirar mil e uma caixas pra no final das contas, não levar nada. É como em meus relacionamentos. Conheço muitas mulheres que namoram centenas de caras simplesmente pra não ficarem sozinhas, e não porque realmente sentem algo pelo cara.
Ok, quando finalmente encontro o par de sapatos 38 perfeito, aquele que eu sei que não vou deixar jogado no fundo do meu balcão por um gesto de impulso e que vou usá-lo até o 4º risco no salto, mesmo que precise de um ajustezinho na sola ou uma vernizada básica, eu fecho os olhos pra qualquer preço, pago o que for pra levá-lo pra casa.
E é engraçado que sempre que compramos um sapato novo, mesmo tendo outros milhares de pares que já tivemos o mesmo apreço, assassinamos as normas da etiqueta da moda e usamos o mesmo par de sapatos por várias noites seguidas. Não é engraçado? Você já teve (ou divide espaço na prateleira) vários outros pares, assim como teve (ou divide espaço na geladeira) vários outros homens.
Teve aquele all-star surrado, divertido e casual, que você usava pros passeios diurnos com os amigos, lá de vez em quando, pra esquecer um pouco da complicada postura no salto alto.
Teve também aquele salto-agulha chiquérrimo, com lindos detalhes em strass que você adorava exibir para as amigas, mas que usava com menos frequência do que ía a casamentos e formaturas.
Você não poderia se esquecer do incrível primeiro salto alto. Quase sempre de gosto duvidoso, e muitas vezes fora de moda, mas você ainda não era experiente o suficiente para saber disso. Andar 7 cm acima do solo era perigoso pra você, que sempre foi acostumada a andar de pés no chão, mas o medo passa rápido e a tendência do salto é só de aumentar.
E o coturno preto? Você libertava seu lado revoltado, inconformado, quando estava com ele nos pés.
Têm também aqueles do pico da moda que há 1 ano atrás você abominava, dizia que não entendia como aquilo poderia ter sido tendência um dia e que preferia morrer a usar um par de sapatos como esses. Até que ele se torna popular no mercado da moda. Todas as mulheres desejam tê-lo e ele é novamente lançado com preços astronômicos. O que você faz? Esquece todas as críticas que havia feito e corre pra vitrine mais próxima. Modismo, certamente!
Não poderia deixar de comentar sobre os traiçoeros pares sem sola anti-derrapante. Já te fez levar, no mínimo, uns 4 escorregões, provocando até mesmo quedas mais sérias, doloridas. E em todas as vezes você promete nunca mais usá-lo, doar para uma prima antipática ou simplesmente esquecê-lo. Mas só Deus sabe por quê, você gosta do perigo, da adrenalina, e se arrisca nos patins camufhados em veludo mais uma vez.
Voltando ao par insubstituível de sapatos 38, você o idolatra, e transforma o ritual de procurá-lo entre os outros sapatos em um hábito, um gesto automático.
Até que sai uma nova coleção, você se apaixona por aquele par de scarpins ouro-envelhecido e simplesmente esquece o antigo, ou então deixa pra usá-lo em ocasiões sem importância. Logo de cara você já sabia que os scparpins eram dois números menor que o seu, mas e daí? Com o tempo, laceia, não é? E você não deixaria de maneira alguma que sua amiga egocentrista levasse o par antes de você. E então você vai lá, insiste no 36 enquanto seus pés clamam por um 38. Sofre horrores nos primeiros dias, começa a machucar, fazer bolhas e te deixa prisioneira de uma tortura silenciosamente cruel, mas depois... a dor até que passa, os calos aos poucos somem... e então, o seu simples e único desejo, é correr descalça na areia. É sentir a liberdade que um par de sapatos lhe impede de apreciar. É voltar a ser criança, quando pisar em um pedra não era motivo pra centenas de exames, só por precaução. Um par de sapatos tanto pode te proteger, quanto te aprisionar. Mas, cá pra nós: toda mulher sabe que machucado de sapatos apertados não cicatrizam nunca! E me diga uma só mulher que, depois de uma noitada sofrida numa tentativa de homicídio aos próprios pés, não implorou pra ter de volta seu par de sapatos 38, mesmo que surradinho e gasto, só pra ter de novo a segurança e conforto que ele lhe proporcionava? Por isso, minha filha, nada de sair por aí querendo enfiar seu gigantesco pé tamanho 42 em pobres e indefesos scarpins 37, tá legal? Apesar de que, como alguém disse em alguma página virtual espalhada por aí:
"Homem ogro é igual pantufa: em casa até que é gostosinho, mas na rua dá uma vergooonha!"

Continua, em um próximo post.

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Chora não que tu foi Massa!

Olha, devo admitir que o menino Felipe me surpreendeu. E me surpreendeu positivamente, por sinal. Ele não deu às maliciosa imprensas brasileiras e internacionais a chance de dizer que "ele vacilou", "ele deveria ter trocado os pneus mais uma vez" ou então "ele não fez o máximo que pôde". Pelo contrário: ele superou todas as expectativas de todos os brasileiros que se viam vidrados na tela da TV durante aquela interminável e cruel última curva. Vou ser sincera. Eu não acreditava que o Felipe chegaria em 1º e muito menos que o Hamilton não conseguisse sequer o pódio. Mais uma vez, o brasileiro surpreendeu meus pensamentos pessimistas! Seria emocionante se ele pudesse ter ouvido os milhares de brasileiros que disseram: "Pra nós, essa foi uma vitória!".
P.S.: Foi engraçado quando eu disse: "Pow, a namorada do Hamilton é a cara daquela Pussycat!".

E na madrugada de ontem, assisti a um episódio de "Cold Case", como de costume. Quem prestou um pouquinho mais de atenção ao blog, deve ter percebido que eu realmente sou apaixonada por seriados policiais e criminalísticos. O episódio de ontem, reabriu o caso de uma garota que desapareceu em sua festa de noivado, enquanto foi ao estacionamento apagar os faróis do carro que havia deixado acesos. Enquanto investigavam sobre o desaparecimento, descobriram que tinham sobre sua custódia um psicopata que mantinha em cativeiro outras três mulheres sem nenhuma ligação aparente. Então, foram juntando as peças e concluiram que o que tornava as mulheres semelhantes era que todas elas eram apegadas a algo ou a alguém. Deus, uma filha, um amor... A intenção do psicopata era fazer com que essas mulheres perdessem a fé naquilo em que acreditavam, desistindo assim da própria vida. Acho muito clichê textinhos de auto-ajuda, mas esse episódio me fez parar pra pensar. Existem vários psicopatas desse tipo a nossa volta, dando todos os motivos possíveis para abandonarmos nossos sonhos, desistirmos daquilo que realmente queremos. E, na maioria das vezes, acabamos cedendo a pressão e se entregando. Mas eu não. Aaaah, eu não desisto fácil! Nem que eu tenha que cantarolar o sino da igreja todos os dias ao levantar.

"... pré-ocupação é tão eficaz quanto mascar chiclete pra resolver uma equação de álgebra." Filtro Solar

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Vai que é Massa!

"As chances de Felipe Massa ser campeão mundial de F1 são as mesmas de:
Acharem o Osama Bin Laden.
A Sabrina Sato passar em 1° no vestibular para medicina na USP.
O Kimi Raikkonen virar apresentador de programa de auditório infantil.
Romário ser eleito o melhor jogador do mundo.

A Dercy Gonçalves parar de falar palavrões.

Um filme brasileiro ganhar um Oscar.
Hugo Chavez ser eleito presidente dos EUA.
Existir uma mulher virgem num baile funk.
Michael Jackson voltar
a ser negro.
Chuck Norris virar viado.
Brasil liderar o quadro de medalhas das Olimpíadas."

É o que acha o pessoal da Desciclopédia. Mãããããs, como somos brasileiros e não desistimos nunca, o negócio é torcer para que o moço consiga pelo menos o pódio. Tá certo que vai ser impossível bem difícil que o Felipe seja campeão, já que pra isso, ele teria que vencer a corrida com o Lewis Hamilton chegando em 5º lugar... nada que uma troca de pneus mau sucedida não resolva! (longe de mim jogar praga em pilotos). E pra variar, as previsões acusam que vai estar chovendo exatamente na hora da corrida. Então, os ingleses que me perdoem, mas se for pra alguém rodar, que o Lewis rode dessa vez!
P.S.: Um ponto pro cara por ser fã do Ayrton Senna.
P.S.²: Vale lembrar que eu tenho uma certa queda por pilotos em geral. Juro que minhas pernas amolecem quando vejo as fotos do Nelsinho Piquet. Deve ser o uniforme... kkkkk

Mudando de assunto, assisti a uma entrevista no Jô essa semana em que o Paulo Gustavo falava sobre a sua peça que está em cartaz no Rio, "Minha Mãe é Uma Peça". O cara é simplesmente hilário, há tempos que eu não via um comediante tão espontâneo quanto ele. É nessas horas que eu me odeio por morar no interioR. Então, aos cariocas, fica aí a dica! Pra quem quiser saber mais sobre a peça, veja aqui.

Salve salve o final de semana!
Muito suSexo pra todos ;)

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Tipinho: Triângulo das Bermudas

TRIÂNGULO DAS BERMUDAS
"Esse é aquele cara charmoso, interessante, que tem tudo pra ser o pai dos seus filhos. Ele te leva pra sair uma vez. É o máximo! Ele viu os filmes que você viu, leu os livros que você leu e também adora comida japonesa. Ele te leva pra sair uma segunda vez. Também é o máximo! Aí, ele some e você nunca mais tem notícias do desgraçado. E você gasta toneladas de energia mental pensando porque será que o cara sumiu. Será que foi porque você falou aquilo? Será que foi porque você não falou aquilo? E não adianta regular a periquita porque o cara vai sumir de qualquer jeito. Que ódio!"


Foi a MELHOR definição pra esse tipinho de homem (também conhecido como "homem asteróide") feita pelas garotas do Banheiro Feninino, e sim, elas são MARA! Óbvio que esse é apenas um membro de uma pequena grande lista de todos os tipos imagináveis de homens, mas vocês devem concordar comigo que o homem triângulo é campeão de audiência.
Tudo acontece exatamente nessa ordem, até que, quando você menos espera, puft! Se perdeu nas correntezas do bonitão (interpretem como quiserem). Até aí tudo bem, você é uma mulher madura, experiente, já tem um currículo bem extenso de decepções e a plena certeza de que tudo não passa de mais um casinho. Mas então, depois de alguns mimos do bonitão e de tantas coisas em comum, você para e pensa: "peraí, e se agora der certo?". Pronto. Lá vai você mais uma vez lustrar a bunda pro chute que está por vir.
Depois do balde de água fria que o Don Juan made in Taiwan te joga entre as pernas, você pensa em mil, milhões de possibilidades pra ele ter sumido assim, sem dar explicações. Tô gorda? Ele descobriu que eu dei pro amigo dele no carnaval de 98? Não sou culta o suficiente? Cara, como eu odeio as mulheres.
Não filhinha, o problema não é com você. A não ser que você realmente esteja perto da obesidade, que você tenha feito sexo do tipo selvagem com o colega do cara (daquelas transas de se comentar em mesa de boteco), e que você tenha menos cérebro do que um jumento.
Mas veja bem: a última opção é a que menos conta pra eles, a não ser que você não saiba sequer qual a capital de São Paulo ou que ele seja do tipo intelectual, que só curte mulheres que falem francês. Pra maioria dos caras, o pódio é o seguinte: As gostosas. As pouco usadas. As inteligentes, cultas, com conteúdo.
É como em um post que li essa semana onde o Robson dizia que "mentalidade broxa é imune a viagra, garrafadas e ao lendário ovo de codorna", se referindo a homens do tipo "macho" que têm a potência sexual afetada ao se relacionar com mulheres inteligentes. Resumindo: Homem macho + Mulher inteligente = pura luxúria.

Vale realmente a pena conferir alguns outros tipinhos no WCFeminino, como o Standard, o Carioca e o Intelectual. Tenho a certeza de que você vai identificar cada caso que você já teve com um desses personagens do cotidiano feminino. E sexual.


segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Se Beber, Não Dirija. A Palavra.

10 Coisas para NÃO se fazer depois de ingerir 1 caipiroska, 1 caip chopp, 1 jamaica, 1 caipirinha de vinho, 2 copos de whisky e 3 de chopp em uma OktoberFest:


1. Usar o super-ultra amigo bonitão para fazer ciúmes no gostosão do dia anterior por ele não dizer o mesmo "eu quero você esta noite" da noite passada. Isso inclui passar entre ele e a periguete. De mãos dadas com o coleguinha-armário. P.S: Certificar-se que a ex-namorada do coleguinha esteja por perto.

2. Dizer para todos os seus amigos que está muito puta da cara com alguma garota, dizer que isso não vai ficar assim, e sair empurrando todo mundo enquanto eles tentam te segurar para que você não vá atrás da tal garota (que não existe, óbvio). No dia seguinte, tentar imaginar por que diabos você fez aquilo.

3. Falar para os amigos do gostosão do dia anterior que você duvida da sexualidade dele (pelo simples fato dele não estar te dando mole).

4. Mandar mensagens de dor de cotovelo para o gostosão do dia anterior depois que ele não responder as outras duas.

5. Falar por uns 5 minutos com o gostosão do dia anterior e não lembrar de uma palavra sequer no outro dia.

6. Ter "pitis" de rejeição por se perder do resto da galera.

7. Ter "pitis" de rejeição por ter perdido o gostosão do dia anterior de vista, e imaginar que ele provavelmente deve estar passeando com alguém pela cidade (como vocês fizeram no dia anterior) e esse alguém não ser você.

8. Quando o amigo do gostosão do dia anterior te perguntar: "Ué, cadê o bonitão que tava contigo?" enquanto você perambula perdida no meio do povo, responder: "Quem, eu? Qual bonitão?" e fazer cara de desentendida.

9. Perguntar para um dos integrantes de uma dupla sertaneja da sua cidade: "Você é o Fred ou o Inácio?". P.S.: Se certificar de que ele não seja nenhum dos dois.

10. Procurar seu carro no estacionamento. Andar calmamente em direção a ele. Procurar a chave na bolsa. Desligar o alarme (mesmo não ouvindo nenhum sinal). Ficar por alguns minutos tentando abrir o carro, sem sucesso. Constatar que você está tentando abrir um Vectra chumbo (enquanto seu carro é um Civic preto) no momento em que o amigo do gostosão do dia anterior dá um tapinha no seu ombro e diz: "Errou de carro?". Se matar logo em seguida. Verificar se realmente está sem pulsação.

Se fizer isso tudo certinho, isso lhe garantirá uma segunda-feira repleta de quilinhos na consciência. E terá sorte se o "gostosão do dia anterior" morar longe, mas beeem longe de você. Experiência própria.

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

"Isso não é tão mau assim"

Eu juro que eu tento ser coerente. EU JURO! Não pisar na grama, não fumar em ambiente fechado, não falar alto em lugares públicos... mas sei lá, ás vezes acho que o contrário é bem mais interessante. Não que eu queira destruir gramados, impregnar os pulmões alheios ou chamar mais a antenção do que o palestrante, mas é automático, não dá pra controlar. Mas olha, eu conheço gente pior que eu, isso me alivia. Eu não conto piadinhas em velórios nem faço comentários racistas. Meus ancestrais não tiveram nenhuma ligação com o Hitler e eu nunca vi o clipe do Ozzi em que ele engole a cabeça de um morcego. Também nunca participei de rituais voodoos e não sou fã do Agnaldo Timóteo. Tá vendo, eu nem peco tanto! Posso até ter manias estranhas como odiar ficar e ver os outros irem. Vou explicar: se você for em algum lugar, me leva! Sério, até pra ir na esquina de casa comprar pães, minha mãe sabe que eu devo ir junto. E também só levanto com o pé direito. E se acontecer a tragédia de eu me esquecer desse detalhe, eu me deito novamente, coloco o relógio despertar 15 minutos depois e só assim piso com vontade no chão com o pé direito. E digo que essa mania é uma das mais prejudiciais, pois só Deus sabe quantas vezes cheguei atrasada por ser humanamente impossível começar um dia com o pé esquerdo. E também sou extremamente profissional na demonstração de interesse intenso quando na verdade não estou ouvindo absolutamente nada do que a pessoa está me dizendo. Claro que isso já me rendeu alguns constrangimentos, como na vez em que eu concordava com a Carol através de um gesto de aprovação enquanto ela dizia que o melhor a fazer era acabar com a própria vida. Também posso não ser normal por chorar na propaganda eleitoral do toquinho do celular e por anotar tudo que como. Ou talvez por achar que as três pintinhas paralelas nas minhas costas serem resultado da admiração da minha mãe pelas "Três Marias" durante a gestação. Ou, pior ainda, por acreditar que sendo diferente, eu consiga ser normal.

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Irmãzinha do Capeta

Olá queridas e queridos irmãozinhos. Sim, porque depois de um certo contato amigável, seja ele virtual, físico ou psicológico, numa demonstração de extremo afeto e cumplicidade, o termo "irmãozinhos" é perfeitamente aceitável.

Agora, pensem comigo: rola AQUELE clima entre você e o cara. Tudo começa com um jantarzinho com os amigos, alguns copos de chopp, assuntos super descontraídos e abóbora. Parte 02: a pizzaria fecha, ninguém quer ir embora. Em uma cidade pequena, com menos de 30 mil habitantes, é realmente difícil encontrar um estabelecimento aberto depois da meia noite que não tenha "R$ 30,00 com fio dental" incluso no cardápio. Então, continuamos o papo superinteressante na casa do meu então, querido amigo. (Antes que vocês tirem conclusões precipitadas sobre o que dois casais fariam à 1 da madrugada na casa de um cara que mora sozinho, saibam que ainda não éramos casais e que a outra fêmea na história era minha doce e inocente maninha de 14 anos).

Papo vai, papo vem, piadinhas irônicas e assuntos policiais, e eu firme e forte na minha armadura de "não tô te dando mole", embora a minha vontade era de atacá-lo com unhas e dentes (no bom sentido). Até que os deuses ouviram minhas preces silenciosas e ele sutilmente partiu para o ataque. Brincava com a minha mão (sem pensamentos maliciosos, ok?) e eu com minha cara de "continua". Até que rolaram os beijos, nada além. Então, a filha de uma truta minha querida irmã tem a incrível idéia de ir embora. Como já estava mesmo tarde, concordei. Ele foi me levar e ficamos conversando por mais umas duas horas, encostados no carro, dividindo o casaco e lamentando por não termos nos conhecido antes, já que no dia seguinte ele iria embora e voltaria só um ou dois meses depois. Trocamos telefones e concordamos em manter contato. E então, durante esses três meses que ele não voltou, nos falamos na média de uma vez por semana.

Depois desse blábláblá todo, vamos aos fatos. Acontece que, em uma dessas ligações semanais, durante um papo curto sobre alguma coisa, ele me solta o tão indecifrável: "é isso, iRmãzinha, te cuide por aí". (um minuto de silêncio).


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Ok. Sapiência. Agora, quero que os cariocas me respondam. Seria "irmãzinha": 1. Alguma gíria descolada do pessoal da zona sul?
2. Algum código morfológico federal pra designar "pessoa do sexo feminino"?
3. Um princípio de incesto?
4. Um convite indireto pra participar de alguma manifestação religiosa evangélica?
5. Palavra usada pelo cara quando ele quiser dizer "amigos, nada mais"?

A quinta opção pode parecer a mais sensata, mas o que me deixa curiosa são as outras expressões usadas nas ligações, como "meu anjo", "minha linda", etc. Não que eu esteja desesperada com a possibilidade de que a situação tenha mudado de Sr. e Sra. Smith para Sandy e Júnior, até porque isso aconteceu já faz algum tempinho e não se repetiu nas nossas outras conversas. Mas é um pé no saco perder o controle da situação. Então, queridos amigos leitores, espero que me ajudem a decifrar esse mistério, para o bem da humanidade.

P.S: Mudei o endereço do blog e as informações do perfil pra ficar um pouco mais no anonimato. Pode ser fase, mas eu espero que não!

Beijocas a todos ;*

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